Folha de S. Paulo


Investimento externo é essencial para retomada, afirma Trabuco

Karime Xavier - 6.ago.2015/Folhapress
Presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, foi indiciado dentro da Operação Zelotes
Presidente do Bradesco, Luiz Trabuco

"Já saímos do fundo do poço", dizia Luiz Carlos Trabuco, o presidente do Bradesco, numa sala no 36º andar de um hotel em Nova York. "Não vou dizer que tem uma mola no fundo desse poço que impulsiona para o alto, mas os sinais são concretos."

É mais ou menos esse o discurso que diretores de um dos maiores bancos do Brasil vêm repetindo em reuniões nesta semana em Manhattan para atrair investidores estrangeiros de volta ao mercado nacional na saída da recessão.

E o rumo de volta à superfície, na visão de Trabuco e outros no comando do Bradesco, passa por esses investimentos diretos do setor privado e por privatizações, "independentemente de ideologia", nas palavras do presidente.

"Sem esse investimento externo, o Brasil não vai ter recursos", afirmou. "Independentemente se é concessão ou privatização, a gente precisa ter um compromisso irreversível com esse tema. A privatização, as concessões têm de ser sérias, opções definitivas. E elas só podem ser definitivas se forem inquestionáveis."

Trabuco defende, em suma, um governo que "acredite que o investimento privado é o motor da economia".

Mas, além das eleições imprevisíveis de 2018, o desafio mais imediato ao crescimento da economia é a reforma da Previdência. "A reforma precisa estar no gerúndio, vamos reformando a Previdência", disse o executivo. "A reforma possível é a mais necessária que temos agora."


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