Folha de S. Paulo


Centrais encerram ato e prometem greve se Previdência for votada

Centrais sindicais se concentraram na Praça da Sé, no centro de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (10) para protestar contra a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11), e a da Previdência, que o governo tenta aprovar ainda este ano.

A ideia inicial do grupo era caminhar até a avenida Paulista, mas, após divergências sobre o trajeto, a organização decidiu encerrar o ato na própria praça da Sé, por volta das 11h30.

Um grupo menor, liderado pelo Sinpeem (sindicato dos professores da cidade de São Paulo), seguiu para a avenida Paulista, onde também se dispersaram, às 13h30.

A estimativa da Polícia Militar é que a manifestação reuniu cerca de 2.000 pessoas. A organização fala em mais de 20 mil participantes, de acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

"Foi como esperado. Estava fria a mobilização, mas quando o governo sinalizou que poderia votar a reforma da Previdência, isso atraiu o interesse do trabalhador. Na semana que vem, temos uma nova reunião das centrais para continuar."

A manifestação foi, na verdadeira, "simbólica", disse Ricardo Patah, presidente da UGT.

"É uma ação simbólica por conta da entrada em vigor da reforma trabalhista, mas todas as organizações estão conscientes para outras atividades, inclusive para os acordos coletivos, como já foi feito em São Paulo, onde conseguimos barrar a vigência da lei neste semestre", disse ele.

O ato reuniu representantes da CUT, NCST, UGT, Conlutas, Força Sindical, CSB, CTB e outras entidades sindicais.

As entidades prometeram convocar greve caso a reforma da Previdência seja colocada em votação.

"Se colocar pra votar [a reforma], vamos fazer uma grande paralisação geral", afirmou Juruna.

Os representantes das entidades mandaram recados aos parlamentares, afirmando que os trabalhadores não votariam em quem apoiasse as reformas nas eleições de 2018.


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