Folha de S. Paulo


Lucro do Santander Brasil cresce 37,3% no 3º trimestre, mas despesas sobem

Marcelo del Pozo/Reuters
Lucro do Santander Brasil cresce 37,3% no 3º trimestre e alcança R$ 2,6 bilhões
Lucro do Santander Brasil cresce 37,3% no 3º trimestre e alcança R$ 2,6 bilhões

O Santander Brasil viu seu lucro líquido crescer 37,3% no terceiro trimestre do ano, para R$ 2,586 bilhões, com o aumento na carteira de crédito ofuscado por uma leve alta trimestral na provisão contra calote de clientes e pela despesa mais elevada no período.

O resultado do banco foi divulgado na noite desta quarta (25), após o fechamento dos mercados acionários no Brasil e nos Estados Unidos.

Em relação ao segundo trimestre, o lucro do Santander Brasil cresceu 10,7%.

Quando consideradas despesas e receitas extraordinárias, o lucro do banco recua para R$ 1,795 bilhão, alta de 25% na base anual, mas queda de 4,5% em relação ao segundo trimestre.

O Santander viu sua receita crescer 16,5% em relação ao período de julho a setembro de 2016, para R$ 3,871 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, a alta foi mais modesta, de 2,1%.

O crescimento mais expressivo (24%) se deu nas tarifas bancárias, que subiram para R$ 1,08 bilhão. As receitas com prestação de serviços avançaram 13,8%, para R$ 2,79 bilhões.

As despesas gerais do banco cresceram 8,3% em um ano, para R$ 4,806 bilhões –na base trimestral, o avanço foi de 5,6%.

A margem financeira líquida, que mede o ganho do banco nas operações de empréstimos e já desconta a provisão para calote, cresceu 10,3%, para R$ 7,434 bilhões, mesmo num cenário de queda dos juros.

CALOTE

A despesa do banco com provisões para perdas com calotes, já descontado o volume de recuperação de créditos, somou R$ 2,429 bilhões, aumento de 2,9% em relação aos três meses anteriores. Na comparação trimestral, o banco elevou a despesa reservada para créditos de liquidação duvidosa, embora tenha aumentado também a receita proveniente da recuperação de crédito. Em relação ao terceiro trimestre de 2016, a provisão caiu 14,4%.

A inadimplência medida pelo atraso acima de 90 dias foi de 2,9% entre julho e setembro, mesmo percentual dos três meses anteriores. No terceiro trimestre de 2016, o indicador estava em 3,5%.

A carteira de crédito do banco cresceu tanto na comparação trimestral (2,4%) quanto anual (6,3%), para R$ 262,965 bilhões.

Para pessoas físicas, o crédito cresceu 15,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 102,263 bilhões. Ante o segundo trimestre, o aumento foi de 5%.

Em 12 meses, o crescimento mais expressivo foi para crédito rural (38,9%), seguido pelos empréstimos consignados (35,6%). As concessões de financiamento de veículos recuaram 7,4% em relação ao terceiro trimestre de 2016. Na base trimestral, os maiores crescimentos também ficaram com crédito rural (15,9%) e consignado (9,1%).

As concessões para empresas também cresceram, com exceção dos empréstimos destinados a grandes companhias. O crédito destinado a pequenas empresas cresceu 2,2% na base anual, para R$ 32,224 bilhões –ante o segundo trimestre, o avanço foi de 1,2%.


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