Folha de S. Paulo


Uber perde mais um executivo com saída de diretor de política europeia

Toby Melville - 22.set.2017/Reuters
A photo illustration shows the Uber app logo displayed on a mobile telephone, as it is held up for a posed photograph in central London September 22, 2017. REUTERS/Toby Melville ORG XMIT: TOB515
Aplicativo da Uber em Londres

O chefe de política europeia da Uber, Christopher Burghardt, está deixando a empresa para se juntar à rede de recarga de veículos elétricos Chargepoint, informaram as empresas nesta terça-feira (17), tornando-se o mais recente executivo a deixar a empresa de transporte urbano.

Burghardt, chefe de política para a Europa, Oriente Médio e África, deixa o cargo na Uber depois de um ano e se tornará diretor da Chargepoint na Europa em novembro.

A partida ocorre depois de a Uber perder uma série de executivos nos EUA, e é a segunda grande perda da equipe europeia neste mês.

Jo Bertram, que era diretora da Uber no Reino Unido, saiu da empresa depois que o Transport for London (TfL), regulador de transportes de Londres, não renovou a licença para o aplicativo operar na capital britânica.

Burghardt disse que sua saíde independe "de qualquer coisa que esteja acontecendo na Uber."

"Ainda acredito no que a Uber faz", disse ao jornal "Financial Times". "Dara [Khosrowshahi] realmente tem uma visão que levará a empresa a um futuro brilhante", disse ele se referindo ao novo presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi.

"No passado, a Uber era sobre crescimento. O fato é que isso veio com muita fricção, e a Uber agora está lidando com isso. O futuro será diferente de como o passado foi. O futuro será sobre crescimento sustentável", acrescentou.

Khosrowshahi, que assumiu o cargo de chefe em agosto depois que o fundador Travis Kalanick foi expulso, voou para Londres no início do mês. Foi uma tentativa de reconstruir um relacionamento com o TfL, que determinou que a Uber não era "adequada" para possuir uma licença de operação em Londres.

Na sexta-feira passada, a Uber apelou contra a decisão do regulador de não renovar sua licença.

ELÉTRICOS

A ChargePoint, que começou nos EUA, expandiu-se para a Europa e recebeu investimentos da Daimler e da Siemens para ajudá-la a entrar no mercado.

"Para mim, essa é uma escolha, porque eu realmente acredito na ChargePoint e no advento do carro elétrico", afirmou Burghardt. "A Europa está a ponto de chegar à adoção do mercado de veículos elétricos em massa, e a ChargePoint está na vanguarda disso."

Burghardt permanecerá na Uber até o final do mês para ajudar na transição.

Antes de se juntar à Uber, ele trabalhou na companhia solar First Solar por sete anos.


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