Folha de S. Paulo


PF deflagra 2ª fase de operação que investiga crimes contra a Caixa

Nelson Antoine/AGIF/Folhapress
SÃO PAULO, SP, 11.03.2017: GOVERNO-FGTS - Agência bancária da Caixa Econômica Federal, no Centro de São Paulo, abre em esquema de plantão neste sábado (11), para que seja realizado saque do dinheiro das contas inativas do FGTS (Foto: Nelson Antoine/AGIF/Folhapress)
Agência da Caixa no centro de São Paulo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a segunda fase da operação Duas Caras, que investiga uma quadrilha que teria se especializado em crimes contra a Caixa Econômica Federal.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e dois de condução coercitiva, em Curitiba, São José dos Pinhais e Colombo, no Paraná.

A operação investiga saques em contas poupança de clientes com grandes saldos, que não apresentavam histórico de retiradas. Um funcionário do banco identificaria essas contas e repassaria os dados ao líder do grupo criminoso, que realizaria retiradas até zerar o dinheiro ou ser descoberto.

Após análise de materiais apreendidos na primeira fase, deflagrada em 15 de setembro, a Polícia Federal identificou novos fatos e suspeitos e representou junto à Justiça Federal pelos novos mandados judiciais.

Na primeira fase, cerca de 150 policiais cumprem 23 mandados de busca e apreensão, 6 de prisão preventiva, 7 de prisão temporária, 6 de sequestro de bens e 1 de suspensão do exercício de função pública, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba.

Os suspeitos, que incluem um funcionário ativo do banco, são acusados de crimes como furto e estelionato qualificado, peculato, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa, segundo a PF.

"O funcionário suspeito pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado", afirmou a Polícia Federal em setembro.


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