Folha de S. Paulo


Economia dos EUA cresce 3,1% no 2° trimestre após revisão

Paul Sancya/Associated Press
Republican presidential candidate Donald Trump turns to the American flag at a campaign rally in Sterling Heights, Mich., Sunday, Nov. 6, 2016. (AP Photo/Paul Sancya) ORG XMIT: MIPS116
Donald Trump em frente a uma bandeira dos EUA; país teve crescimento de 3,1% no segundo trimestre

A economia dos Estados Unidos cresceu um pouco mais rápido no segundo trimestre do que o estimado anteriormente. Foi o ritmo mais rápido em mais de dois anos, mas provavelmente perdeu força no terceiro trimestre depois que os furacões Harvey e Irma afetaram temporariamente a atividade.

O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anual de 3,1% no período entre abril e junho, informou nesta quinta (28) o Departamento do Comércio em sua terceira estimativa. A revisão para cima do ritmo de crescimento de 3% informado no mês passado reflete um aumento no investimento em estoques.

A alta no último trimestre foi a mais rápida desde o primeiro trimestre de 2015 e seguiu-se a um ritmo de 1,2% no período de janeiro a março. Economistas esperavam que o crescimento do PIB no segundo trimestre ficasse inalterado em 3%.

O furacão Harvey, que atingiu o Texas, foi considerado culpado por grande parte da queda nas vendas do varejo, na produção industrial, na construção e nas vendas de moradias em agosto. A expectativa é de mais fraqueza em setembro, depois que o Irma atingiu a Flórida no início deste mês.

No entanto, a reconstrução deverá impulsionar o crescimento no quarto trimestre e no início de 2018. As estimativas de crescimento para o período entre julho e setembro estão em cerca de 2,2 por cento.

Com a aceleração do PIB no segundo trimestre, a economia cresceu 2,1% no primeiro semestre de 2017. Ainda assim, os economistas acreditam que o crescimento deste ano não alcançará a ambiciosa meta de 3% do presidente Donald Trump.

Trump propôs nesta quarta a maior revisão tributária nos EUA em três décadas, mas o plano deu poucos detalhes sobre como os cortes de impostos serão compensados sem aumentar o deficit orçamentário e a dívida nacional.

Em meio aos gastos robustos dos consumidores, as empresas acumularam um pouco mais de estoques do que anteriormente relatado para atender à forte demanda. O investimento em estoques adicionou pouco mais de 0,1 ponto percentual ao crescimento do PIB no segundo trimestre. Anteriormente, a influência havia sido neutra.


Endereço da página:

Links no texto: