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AT&T avalia vender ativos de TV na América Latina, diz agência

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ORG XMIT: 080401_0.tif Randall Stephenson, executivo-chefe da operadora AT&T. (Divulgação) *** PROIBIDA A PUBLICAÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS ***
Randall Stephenson, presidente-executivo da operadora AT&T

A norte-americana AT&T está avaliando vender suas operações de TV paga na América Latina, enquanto busca pagar dívidas após a aquisição de US$ 85,4 bilhões da Time Warner, informaram fontes familiarizadas com o assunto.

A empresa está trabalhando com um assessor financeiro para encontrar interessados, o que pode ser avaliado em mais de US$ 8 bilhões, acrescentaram as pessoas, pedindo para não serem citadas porque o assunto é sigiloso.

A Liberty Global, da espanhola Telefonica e da Millicom International Cellular, operadora sem fio na América Latina, poderiam ter interesse em todo ou parte dos negócios latino-americanos da AT&T, segundo as pessoas.

A organização não quis comentar. Liberty Global, Telefonica e Millicom não puderam ser encontrados para comentar.

A maioria dos países latino-americanos, com exceção da Venezuela, se estabilizaram no ano passado, com mercados como o Brasil se recuperando de uma severa recessão.

Não há garantia de que a AT&T tenha sucesso na venda do negócio, que inclui serviços de televisão por satélite e a cabo no Brasil, Colômbia, Venezuela, Argentina e vários outros países, disseram as pessoas. Ela poderia decidir manter os ativos, as pessoas adicionaram.

A norte-americana não está interessada em vender seu negócio de TV paga no México, já que tem investido em serviços sem fio no país, disseram as fontes. Ela comprou essas operações de TV como parte de sua aquisição de 49 bilhões de dólares na DirecTV em 2015 e vem avaliando seu portfólio para encontrar formas de ajudar a pagar sua dívida, o que deve aumentar quando a aquisição da Time Warner for fechada.

O presidente-executivo da AT&T, Randall Stephenson, disse nesta semana que todos os anos a empresa "monetiza ativos que estrategicamente não se encaixam e que não estão no plano de longo prazo do negócio". A empresa também disse no passado que estava aberta a uma combinação estratégica na região.

A AT&T tem cerca de 93% da Sky Brasil, maior provedor de satélites do país. Também tem a PanAmericana, de serviços de televisão por satélite sob a marca DirecTV em países como Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia e Porto Rico.


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