Folha de S. Paulo


Demanda por crédito no BNDES para máquina agrícola supera expectativa

Com mais agricultores comprando máquinas e equipamentos, houve aumento na procura por financiamento.

No plano safra 2016/2017, foram programados R$ 5 bilhões para o financiamentos de máquinas e equipamentos, mas, no decorrer do ano, com a alta demanda, o BNDES teve que realocar mais R$ 3,5 bilhões para área.

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Nesta safra, estão programados R$ 9 bilhões. "Vamos conversar com o governo para a suplementação de recursos", diz Carlos Alberto Vianna Costa, chefe do Departamento de Relacionamento Institucional e Gestão de Crédito Rural do BNDES.

Principal fonte de investimentos para o setor, o BNDES digitalizou neste ano todo o processo para o pedido de financiamento pelos produtores rurais. "Com a digitalização, em poucos minutos a homologação é feita e o agricultor já fica sabendo se terá ou não acesso ao crédito", afirma Costa. Antes, esse processo levava alguns dias.

O Moderfrota, principal programa de financiamento de máquinas e equipamentos, tem taxa de 7,5% ao ano para clientes com receita anual de até R$ 90 milhões. Acima disso, a taxa sobe para 10,5%.

"Crédito não tem faltado para a aquisição de máquinas e equipamentos e até houve queda nos juros neste Plano Safra. Mas, para o agricultor, os juros ainda são altos, porque não caem na mesma proporção que a Selic ou a inflação", diz o presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), João Carlos Marchesan.


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