A Suíça se vangloria de ser pioneira na inovação do chocolate desde o século 19. Depois do chocolate ao leite, do chocolate escuro e do chocolate branco, a mais nova variante foi apresentada pelos suíços: o chocolate "rubi" —primeira mudança na coloração em mais de 80 anos.
A Barry Callebault, maior fornecedora mundial de chocolate e derivados de cacau, espera que a nova variação, de cor rosada, seja especialmente atraente para a geração milênio —os consumidores nascidos do começo dos anos 1980 em diante.
A empresa, sediada em Zurique, não vende diretamente ao consumidor —fornece aos fabricantes mundiais de chocolate. Por isso, vai demorar mais de seis meses para produtos feitos com o chocolate rubi chegarem à lojas.
Os fabricantes têm enfrentado desafios. Os consumidores vêm optando por produtos mais saudáveis e abandonando os grandes fabricantes de alimentos. Além disso, o crescimento fraco na economia mundial inibe as vendas.
O mercado mundial de produtos de chocolate registrou queda de 1,5% em volume em 2015 e de 0,4% no ano passado, segundo a Euromonitor.
Para reanimar as vendas, os fabricantes suíços estão buscam inovar seus produtos e refiná-los. A Nestlé, por exemplo, expandiu a produção no Japão de chocolates KitKat com sabores exóticos, como pistache e amora.
O lançamento do chocolate rubi se enquadra nessa estratégia. A Barry Callebault enfatizou que o processo de fabricação não envolve frutas vermelhas ou condimentantes e corantes baseados nelas. Também afirma que o chocolate rubi não é "amargo, leitoso ou doce, mas sim uma tensão entre o lado frutuoso e uma suavidade aveludada".
O chocolate rubi é produzido com o cacau rubi plantado em países como Equador, Brasil e Costa do Marfim, mas a inovação vem mais do processo industrial, cujos detalhes mão foram divulgados.
Tradução de PAULO MIGLIACCI