Folha de S. Paulo


Governo oferecerá ações da Eletrobras a empregados em privatização

Vanderlei Almeida - 14.abr.2011/AFP
(FILE) Aerial picture of the Angra 3 nuclear plant under construction in Angra dos Reis, south of Rio de Janeiro, Brazil, on April 14, 2011. The president of the nuclear power company Eletronuclear, subsidiary of Brazilian state-run power group Eletrobras, Othon Luiz Pinheiro da Silva, and the president of AG Energy at Andrade Gutierrez, Flavio David Barra, were arrested on July 28, 2015 in a wide corruption probe, after judge Sergio Moro ordered them to be remanded in custody. Pinhero da Silva is suspected of taking more than a million US dollars in bribes from construction companies during the tender for the construction of the Angra 3 Nuclear Power Plant. AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA ORG XMIT: VAN701
Imagem aérea da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ)

Em resolução publicada nesta sexta (31), o governo determina a oferta de parte das ações da Eletrobras a seus empregados durante o processo de privatização.

A resolução diz ainda que a abertura de capital deve considerar o desenvolvimento, direta ou indiretamente, por meio da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), da bacia hidrelétrica do São Francisco.

O texto inclui novas considerações à primeira resolução sobre a privatização da companhia, datada de 23 de agosto.

O texto prevê "a oferta das ações representativas do capital da Eletrobras aos seus empregados e empregados das empresas por ela controladas direta e indiretamente".

E repete determinações da resolução anterior, como a imposição de limites de votos para os novos acionistas, com o objetivo de impedir a tomada do controle por outra companhia.

Anunciada na semana passada, a privatização da Eletrobras prevê um aumento de capital na companhia, com a emissão de novas ações e diluição da fatia do governo.

O governo poderá também vender parte de duas ações, mantendo uma "golden share" (ação especial que lhe dá poder de veto em decisões estratégicas).

E, outra resolução, o Ministério de Minas e Energia (MME) determinou à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que flexibilize o cálculo de tarifas das distribuidoras da Eletrobras, para melhorar o equilíbrio financeiro das concessões e, consequentemente, seu valor de venda.

A flexibilização será temporária e será feita em parâmetros como custos operacionais e perdas não técnicas (que incluem furto de energia).

Governo e Eletrobras trabalham com a expectativa de vender as seis distribuidoras ainda este ano.


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