Folha de S. Paulo


Para comissão da Presidência, diretor da Petrobras cometeu desvio ético

Paulo Whitaker - 12.abr.2016/Reuters
The logo of Brazil's state-run Petrobras oil company is seen on a tank in Cubatao, Brazil, April12, 2016. REUTERS/Paulo Whitaker ORG XMIT: PW05
Tanque da Petrobras em Cubatão

A comissão de ética da Presidência da República concluiu nesta segunda-feira (21) que o diretor de governança e risco da Petrobras, João Adalberto Elek Junior, cometeu desvio ético na contratação de uma empresa de consultoria.

Segundo o órgão federal, o executivo incorreu em conflito de interesse ao ter fechado um acordo com uma companhia na qual a sua filha passava por processo de seleção de emprego, tendo sido posteriormente contratada.

No final de 2015, a Petrobras firmou um contrato de R$ 25 milhões, dispensando processo de licitação, com a Deloitte que faz consultoria e auditoria empresarial. O negócio teve a assinatura do diretor da companhia estatal.

"Nós concluímos que houve violação das regras de conflito de interesse, já que as autoridades têm de zelar para evitá-lo", disse o presidente da comissão de ética, Mauro Menezes.

Segundo ele, o órgão federal impôs uma advertência ao executivo, que, no entanto, não é impedido de continuar no cargo. A decisão foi informada ao presidente da Petrobras, Pedro Parente, que, segundo a comissão de ética, deve se pronunciar por meio de um comunicado. Elek irá recorrer da decisão.

De acordo com Menezes, apesar da conduta do executivo, não foi identificada irregularidade administrativa no contrato com a empresa de consultoria.

"Nós consideramos que foi uma conduta errada e violadora da lei, já que a regra prevê a prevenção do conflito de interesse", disse.


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