Folha de S. Paulo


Finep terá R$ 500 milhões para projetos em centros de pesquisa

Eduardo Knapp/Folhapress
Finep terá R$ 500 milhões para projetos em centros de pesquisa
Finep terá R$ 500 milhões para projetos em centros de pesquisa

A Finep, financiadora de projetos ligada ao Ministério da Ciência e tecnologia, lança na próxima segunda-feira uma linha de crédito de R$ 500 milhões para apoiar projetos realizados em parceria com institutos de ciência e tecnologia e universidades.

Chamada Finep Conecta, ela terá maiores prazos de pagamento e taxas de juros mais baixas do que as cobradas pela agência. Será disponibilizada para projetos de no mínimo R$ 5 milhões.

As condições para cada empresa dependem do grau de participação dos institutos na realização dos projetos. Quanto maior o valor do financiamento usado junto aos institutos, melhores as condições.

Para as iniciativas em que a participação deles for de até 15%, será seguida a tabela original de taxas e prazos da Finep, que leva em conta o grau de inovação do projeto, com a diferença de que 100% da iniciativa pode ser financiada pela agência caso se opte pela nova linha de crédito -antes, a participação da Finep estava limitada a 90%.

Nessas condições, as taxas podem variar entre a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 7% ao ano) e TJLP mais 3%. O prazo nessas linhas pode chegar a 12 anos, com carência de 4 anos.

Caso a participação do instituto tecnológico chegue a 50%, a taxa de juros será a TJLP, o prazo de pagamento será de até 16 anos e a carência de até 6 anos.

A iniciativa busca acelerar o ritmo de fechamentos de contratos de empréstimo da Finep, de um lado, e promover maior interação entre indústrias e centros de pesquisa, de outro.

A meta da Finep era emprestar R$ 2,2 bilhões neste ano, mas foram contratados apenas R$ 400 milhões até o dia 21 de julho, reflexo da baixa demanda das empresas por crédito para inovação.

Marcos Cintra, presidente da agência, disse à Folha no final de julho que uma iniciativa do tipo seria adotada para diminuir o problema da falta de recursos de universidades brasileiras, resultante do contingenciamento de gastos do governo.

"Vamos canalizar o crédito para atender a demanda de empresas que querem usar a estrutura de apoio existente e, ao mesmo tempo, manter equipes de pesquisas unidas e com recursos."


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