Folha de S. Paulo


Fundos simples, voltados a pequeno investidor, têm ganho decepcionante

Fernando Frazão - 24.jul.2012/Folhapress
Fundos simples ainda decepcionam no quesito rentabilidade, mostra ranking
Fundos simples ainda decepcionam no quesito rentabilidade, mostra ranking

Pensados como uma porta de entrada para o universo de fundos de investimentos, os fundos simples ainda decepcionam no quesito rentabilidade. No primeiro semestre, apenas um conseguiu ter ganho maior que o CDI, a taxa de referência para aplicações conservadoras.

O CDI acumulado até junho foi de 5,61%. O único dentre os dez considerados no ranking da Comdinheiro que superou esse percentual foi o da XP.

Quando criados, os fundos simples tinham como objetivo atrair principalmente aplicadores conservadores, como quem deixa dinheiro na poupança. A caderneta rendeu 3,5% no semestre.

Esse fundo é obrigado a investir ao menos 95% de seu patrimônio em títulos do governo ou papéis emitidos por empresas que tenham o mesmo patamar de risco do país.

"É o primeiro contato para o investidor que nunca aplicou em fundos. Na nossa visão, deveria ser o primeiro contato com aplicações financeiras", afirma o gestor do fundo da XP, Fausto Silva.

Com pouca flexibilidade para diversificar a carteira, o diferencial acaba sendo a taxa de administração. No ranking da Comdinheiro, os três mais bem colocados têm taxa de administração igual ou inferior a 0,5% ao ano.

"É uma carteira bem mais conservadora. Tem custo baixo e baixa volatilidade, o que possibilita estimular a formação de poupança no país", diz Alenir Romanello, diretora da Anbima (associação das entidades de mercado).
Para Eduardo Penido, gestor do fundo da Opportunity, o produto é "excelente aplicação para manutenção do capital de curto prazo".


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