A Uber foi processada por grupos de direitos das pessoas com deficiência que disseram que a companhia viola as leis de direitos humanos de Nova York por não disponibilizar veículos acessíveis a deficientes físicos em quantidade suficiente.
A ação coletiva proposta acusa a Uber de "discriminação generalizada e contínua" porque pessoas em cadeira de rodas podem usar apenas poucas dezenas dos mais de 58 mil veículos na cidade americana.
Tendo em vista a crescente popularidade da Uber, isso "prejudica substancialmente" os benefícios do compromisso prévio da cidade de Nova York de tornar metade dos táxis amarelos acessíveis a cadeiras de rodas até 2020, disse a denúncia.
"Os passageiros ou enfrentam grandes esperas ou não conseguem fazer as corridas", disse em entrevista Rebeca Serei, advogada da entidade Defensores dos Diretos da Deficiência. "A lei de direitos humanos reflete o compromisso do Conselho Municipal com a acessibilidade. A Uber claramente viola essa lei."
Segundo a denúncia, a empresa oferece corridas acessíveis para cadeirantes apenas no UberWAV, mas menos de 100 carros da frota fornecem o serviço na cidade.
O caso segue processos em Chicago e Washington que acusam o empresa de violar outras leis que protegem os deficientes.
A Uber não respondeu de imediato os pedidos de comentários.
E OS TÁXIS
A campanha Táxis para Todos também seguiu nesta linha e liderou um processo de discriminação similar sobre os tradicionais táxis amarelos de Nova York, segundo o "New York Times".
A ação fez com que um acordo exigisse que metade de todos os veículos fossem acessíveis para cadeiras de rodas até 2020.
Hoje, existem 1.859 táxis amarelos e 655 táxis verdes acessíveis para cadeiras de rodas, que servem principalmente o norte de Manhattan e os outros bairros.