Folha de S. Paulo


Economia dos EUA cresce 1,4% no 1º trimestre após revisão

A economia dos Estados Unidos cresceu no primeiro trimestre mais do que a estimativa anterior . Após revisão, o PIB (Produto Interno Bruto) americano subiu 1,4%, de acordo com o Departamento de Comércio em sua avaliação final sobre o período nesta quinta (29).

O índice, que inicialmente foi projetado como 1,2%, é fruto do aumento inesperado dos gastos dos consumidores e ao salto nas exportações.

Ainda assim foi a taxa de crescimento mais lenta desde o segundo trimestre do ano passado. Os economistas entrevistados pela Reuters esperavam que o crescimento do PIB permaneceria em 1,2%.

O PIB do período entre janeiro e março tende a ser inferior ao desempenho do resto do ano devido a questões perenes com o cálculo dos dados que o governo disse estar tentando resolver.

Os gastos do consumidor representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA. Eles cresceram a uma taxa de 1,1%, ante 0,6% relatado anteriormente. Ainda assim, foi o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2013.

Apesar da revisão para cima, a meta declarada da administração do presidente Donald Trump de um crescimento de 3% continua sendo um desafio.

Uma média sustentada de crescimento de 3% não é vista desde a década de 1990. Desde 2000, a economia dos EUA cresce a uma taxa média de 2%. Em 2016, o país cresceu 1,6%, a menor taxa em cinco anos.

O programa econômico de Trump de cortes de impostos, reversões regulatórias e despesas com infraestrutura ainda não saiu do papel nos seus cinco meses de governo.

Sinais iniciais de que o crescimento econômico voltou a acelerar no segundo trimestre também se enfraqueceram com dados recentes decepcionantes das vendas no varejo, da produção industrial e da inflação.

As exportações no primeiro trimestre foram revisadas para cima para 7%, ante 5,8% antes.

Os gastos das empresas em equipamentos foram revisados para mostrar alta de 7,8% no período —e não 7,2% estimado anteriormente.

As empresas acumularam estoques a uma taxa de US$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre, contra US$ 4,3 bilhões informados no mês anterior.


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