O Congresso Nacional precisa passar urgentemente aprovar a reforma trabalhista, para evitar custos extras para empresas e consumidores, disse neste sábado (24) Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco.
A rigidez excessiva da legislação trabalhista está criando um enorme fardo para os cidadãos, que acabam pagando mais pelos bens e serviços que compram, disse em evento da XP Investimentos.
Segundo o executivo, a turbulência política dificilmente diminuirá nos próximos meses, colocando desafios à ambiciosa agenda de reformas do presidente Michel Temer. As políticas bem-sucedidas até agora ajudaram a mitigar esses riscos, disse ele.
"As pessoas precisam entender que reformar um código trabalhista desatualizado é bom para os negócios, mas em última análise para os consumidores, que estão sobrecarregados com as ineficiências do mercado", disse.
Nesta semana, o governo do presidente Michel Temer sofreu uma derrota na reforma trabalhista no Senado, com a rejeição do relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES), por 10 votos contrários e 9 favoráveis na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) da Casa.
A rejeição é um revés político do governo, que conta com a aprovação da reforma, principalmente após o agravamento da crise política.
Apesar do revés, o resultado da votação não interrompe a tramitação da proposta do governo. Isso porque o posicionamento do colegiado é um parecer, e a decisão final cabe ao plenário do Senado.
XP
Setubal disse que o preço pago pelo Itaú Unibanco por uma fatia na XP envolve "taxas de crescimento muito altas" à frente.
O Itaú pagou R$ 5,7 bilhões por 49,9% da XP em maio para crescer nos segmentos de corretagem e gestão de recursos.
Para ele, manter a XP independente é bom para ajudar a aprofundar a atividade do mercado de capitais a longo prazo.