Folha de S. Paulo


GE inicia testes de drones para inspeção de refinarias e fábricas

Daniel Becerril/Reuters
The logo of General Electric Co. is pictured at the Global Operations Center in San Pedro Garza Garcia, neighbouring Monterrey, Mexico, May 12, 2017. REUTERS/Daniel Becerril ORG XMIT: TBR21
Prédio da GE no México

A General Electric começou a testar drones autônomos e rastreadores robóticos para fiscalizar refinarias, fábricas, ferrovias e outros equipamentos industriais, a fim de capturar uma fatia maior dos US$ 40 bilhõesgastos anualmente por empresas em todo o mundo com inspeções.

Em testes com clientes, os drones e os robôs são capazes de se mover ao redor e dentro de instalações remotas e perigosas, enquanto fotografam corrosão ou medem a temperatura, vibrações ou leituras de gás que podem ser analisadas por algoritmos computacionais e inteligência artificial, afirmou Alex Temper, diretor de desenvolvimento de negócios da Avitas Systems, uma start-up da GE.

A GE deve anunciar o novo negócio, que foca setores de petróleo e gás, transporte e energia, ainda nesta terça-feira (13) em uma conferência em Berlim, na Alemanha. A empresa não é a primeira a combinar inteligência artificial com robótica para inspeção de instalações e processos industriais.

A IBM também afirmou que está trabalhando em sistemas conectados com sua tecnologia de inteligência artificial Watson há cerca de um ano e lançou alguns projetos em março.

Os testes conduzidos pela IBM incluem câmeras acopladas ao Watson, de modo que possam reconhecer defeitos em componentes eletrônicos. Outros projetos incluem sensores acústicos ou drones orientados pela tecnologia Watson para detectar linhas de energia desgastadas em torres elétricas remotas.

A IBM e a parceira ABB, um conglomerado suíço-sueco, estão combinando inspeção visual com robótica da ABB.

"Essa é uma das áreas mais quentes dentro da Internet das Coisas", disse Bret Greenstein, vice-presidente da IBM Watson, sem citar um potencial tamanho deste mercado.

A GE, por sua vez, disse que a Avitas combinará inteligência artificial com o conhecimento de sistemas industriais que produz e os negócios existentes de inspeção.

"Conhecemos muito bem esse equipamento, sendo que podemos programar os robôs, independentemente do tipo, para reunir a informação que precisamos para uma inspeção", explicou Tepper, da GE.

Ele prevê que os robôs não substituirão os humanos, mas ampliem seu alcance e reduzam os custos.


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