Folha de S. Paulo


Aumento no preço dos ingressos reduz público em parques da Disney em 2016

Benoit Tessier/Reuters
Visitantes na Disneyland Paris, onde o público caiu 14%
Visitantes na Disneyland Paris, onde o público caiu 14%

Uma das áreas mais fortes do negócio do entretenimento mostrou um raro momento de desaceleração em 2016, quando o público de 13 dos 14 parques temáticos da Disney caiu, de acordo com um relatório independente.

O aumento de preços, adotado em parte como forma de aliviar a lotação de alguns parques, contribuiu para o recuo, segundo analistas.

Queda na presença de público não quer dizer menos lucros. A divisão de parques temáticos da Walt Disney Co. teve receita operacional de US$ 3,3 bilhões no ano fiscal de 2016, alta de 9%, em parte por causa de uma nova estratégia de venda de ingressos que eleva os preços em 20% nos períodos de pico.

Mas a queda simultânea do público em 13 dos parques –todos exceto a Shanghai Disneyland– é notável porque raramente ocorre. O resultado típico da empresa é um forte crescimento do público a cada ano, a tal ponto que a Disneyland, na Califórnia, atinge seu limite de capacidade em determinados dias.

Nos últimos dez anos, o público só caiu uma vez no Magic Kingdom, o carro-chefe entre os parques da Disney. No período, o público somado dos parques não havia caído nenhuma vez.

Angela Bliss, porta-voz da Disney, se recusou a comentar a informação, compilada pela Themed Entertainment Association e pela Aecom, uma empresa de engenharia.

As maiores quedas de público ocorreram fora dos EUA. Na Disneyland Paris, o público caiu 14%, para 9,8 milhões de visitantes, entre outras coisas por causa do efeito do medo do terrorismo sobre o turismo na Europa.

Os parques dos EUA devem retomar o crescimento em 2017. Uma expansão com "Avatar" como tema, no Animal Kingdom, recém-inaugurada, tem levado a esperas de até quatro horas nas filas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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