Folha de S. Paulo


Queda da taxa de desemprego nos EUA desacelera e chega a 4,3% em maio

Brian Snyder/Reuters
Estados Unidos criaram 255 mil novas vagas em julho, mais do que o previsto por economistas
Taxa de desemprego nos EUA em maio atingiu menor nível em 16 anos, chegando a 4,3%

A taxa de desemprego nos Estados Unidos em maio recuou para o menor nível em 16 anos, chegando a 4,3%. O resultado, contudo, aliado à revisão dos dados de março e abril, mostram uma desaceleração do ritmo de queda, o que sugere que o mercado de trabalho está perdendo força

A geração de empregos fora do setor agrícola foi de 138 mil em maio, quando os setores de manufatura, governo e varejo fecharam postos, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (2).

O resultado marca uma forte desaceleração da média mensal de 181 mil empregos nos últimos 12 meses.

Após revisão, o número de empregos criados em março e abril foi reduzido em 66 mil postos.

Economistas consultados pela Reuters esperavam, pela mediana, que seriam criadas 185 mil vagas em maio e que a taxa de desemprego ficasse em 4,4%.

Desemprego nos EUA - Em %

Embora os ganhos de trabalho do mês passado ainda possam ser suficientes para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, eleve as taxas de juros este mês, o aumento modesto poderia suscitar preocupações com a saúde da economia após o crescimento ter diminuído no primeiro trimestre.

A economia precisa criar 75 mil a 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade para trabalhar. Os ganhos de trabalho estão diminuindo à medida que o mercado de trabalho se aproxima do pleno emprego.

A taxa de desemprego caiu para o seu nível mais baixo desde maio de 2001, com as pessoas deixando a força de trabalho.

O relatório de emprego foi divulgado menos de duas semanas antes da reunião do Fed em 13 e 14 de junho.

Antes do relatório, os mercados financeiros dos EUA precificavam aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, de acordo com a CME FedWatch.

O Fed elevou as taxas de juros em 0,25 ponto em março. Os dados de consumo e da indústria sugerem que a economia ganhou velocidade no início do segundo trimestre, depois que o Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 1,2% no início do ano.


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