Folha de S. Paulo


Cenário econômico para este ano e para 2018 já é menos otimista

Com a crise política, o futuro da economia se tornou mais incerto e as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) colhidas pelo Banco Central dão essa medida.

Na semana seguinte às delações da JBS, as previsões para 2018 recuaram de 2,50% para 2,48%. Pode parecer pouco, mas o número não se movia desde março.

Antes da crise, o PIB do primeiro trimestre também era esperado para melhorar projeções para 2017. O cenário, porém, é outro.

O Haitong manteve estimativa de estagnação para o PIB de 2017, mas o viés é de baixa. Flávio Serrano diz que, com a reforma da Previdência, o corte de juros poderia ser maior, com efeito sobre o consumo —o que agora é incerto.

José Francisco de Lima Gonçalves, do Fator, avalia que o investimento pode ser afetado e tem o PIB do ano em revisão. Sergio Vale, da MB Associados, revisou a alta de 1% em 2017 para zero.

PIB - Trimestre X trimestre imediatamente anterior, em %

Embora tenha reduzido a projeção de alta do PIB de 0,9% para 0,5% em 2017, Francisco Pessoa Faria, da LCA, considera que a economia, mesmo com altos e baixos, entrou em recuperação.

Para Thiago Curado, da 4E Consultoria, a demanda doméstica, fundamental para a retomada, deve continuar frágil. A 4E foi uma das únicas a revisar o PIB para cima, puxado pela agropecuária: a queda será de 0,1%, e não mais de 0,3%.


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