Folha de S. Paulo


Na turbulência, analistas recomendam manter investimentos

Marcos Santos/USP Imagens
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Cenário imprevisível exige cautela de investidores

Na turbulência após as denúncias contra o presidente Michel Temer, o conselho para os investidores é resumido em uma sentença: não faça nada.

Desfazer-se de investimentos com medo de perder dinheiro pode levar a um prejuízo difícil de ser recuperado. Da mesma forma, novas aplicações podem ser arriscadas, já que não é possível prever os desdobramentos da crise.

Mesmo que se mantenha no poder, Temer terá ainda mais dificuldades de aprovar no Congresso as reformas trabalhista e da Previdência.

Impopulares, elas são consideradas essenciais pelo mercado financeiro para a manutenção dos investimentos no país.

Na dúvida, grandes investidores preferem sair de aplicações arriscadas, como ações, e migrar os recursos para ativos mais seguros, como os títulos públicos, levando a oscilações bruscas no mercado.

A Bolsa despencou 9% na quinta-feira (18), enquanto o dólar avançou 8%. No dia seguinte, as perdas foram amenizadas, mas não é possível prever a direção do mercado.

Também houve alteração na expectativa para a taxa Selic. Sem reformas, há dúvidas de que o juro básico cairá dos atuais 11,25% para os 8,50% previstos para o final do ano. Isso faz com que os títulos se desvalorizem.

Por isso, quem aplica em renda fixa também tem a sensação de que está perdendo dinheiro. No entanto, quem mantém o investimento até o vencimento não perde dinheiro.

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Não faça nada - Durante uma crise que faz o mercado financeiro balançar, é preciso cautela; manter investimentos é o melhor jeito de minimizar perdas - Ícone - Ícones - Folhainvest - Invest - Poupança

Poupança

Risco: baixo. Sacar o dinheiro antes do aniversário e perder o rendimento
Como fica no curto prazo: nada de grave porque o rendimento é fixo

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Tesouro Selic

Risco: baixo. O investimento acompanha a taxa Selic e rende um pouco a cada dia
Como fica no curto prazo: a Selic pode cair em ritmo mais lento que o projetado. Com isso, a aplicação renderia mais que o esperado

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Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado

Risco: precisar do dinheiro antes do vencimento e perder dinheiro ao vender o papel
Como fica no curto prazo: quem comprou títulos nos últimos meses, quando a remuneração estava menor, verá o valor aplicado cair. Para não ter perdas, mantenha os títulos

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CDB, LCI e LCA

Risco: baixo. Tem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) em caso de calote da instituição financeira
Como fica no curto prazo: papéis que acompanham a Selic podem se beneficiar de um corte menos acentuado da taxa básica de juros

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Fundos de renda fixa

Risco: baixo, mas depende dos papéis escolhidos pelo gestor do fundo
Como fica no curto prazo: fundos que acompanham a taxa de juros não devem sofrer com a oscilação brusca do mercado. Mas, se a carteira tem papéis prefixados, há risco de perdas

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Debêntures

Risco: a empresa não ter dinheiro para honrar o pagamento da dívida
Como fica no curto prazo: uma empresa sólida não deve sofrer com tormentas políticas, a não ser que haja contágio na economia. Mantenha a aplicação até o vencimento

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Dólar

Risco: mudanças bruscas de preço com movimentação de investidores estrangeiros em busca de oportunidades
Como fica no curto prazo: com muita oscilação. Especialistas desaconselham a compra de moeda estrangeira como investimento

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Ações e fundos de ações

Risco: fuga de investidores ou mudança de ambiente para as empresas
Como fica no curto prazo: as ações devem oscilar bastante até que o cenário político esteja definido. O ideal é manter os papéis para evitar possíveis prejuízos

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Fundos multimercados

Risco: um pouco menor que ações e fundos de ações, porque investe em renda fixa e variável
Como fica no curto prazo: a oscilação nas ações é compensada pela valorização dos papéis de renda fixa. O gestor pode montar estratégias para diferentes cenários


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