Nem todos perderam nesta quinta (18). Empresas exportadoras, por exemplo, se beneficiaram com a valorização de mais de 8% da moeda americana e fecharam em alta.
Das 59 ações do Ibovespa, só seis tiveram valorização nesta quinta-feira: três do setor de celulose (Fibria, Suzano e Klabin), uma do segmento de aviação (Embraer) e os dois papéis da mineradora Vale. Em comum, todas elas têm suas receitas favorecidas por um dólar mais forte.
A maior alta do pregão foi registrada pela Fibria, cujas ações subiram 11,48%. A valorização fez com que a empresa finalmente entrasse em terreno positivo em 2017.
Até quarta-feira, os papéis da companhia acumulavam desvalorização de 9,3% no ano, em parte pela depreciação de 4,6% da moeda americana até então —o dólar agora sobe 3,6% em 2017.
O segundo maior avanço foi dos papéis da Suzano, com alta de 9,86%. Klabin avançou 1,64% nesta quinta e a Embraer fechou o dia com 2,67%.
As ações da mineradora Vale tiveram alta mais modesta: os papéis mais negociados subiram 0,39% e os que dão direito a voto avançaram 0,07% —apesar da queda de 0,96% dos preços do minério de ferro nesta quinta.
"As exportadoras tiveram forte alta, mas não foi suficiente para impedir uma queda menor da Bolsa", afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. "O índice tem muito peso de empresas de matéria-prima, reflexo da economia. Então outros setores afetam pouco a Bolsa."
O IMPACTO NAS EMPRESAS - Variação no valor de mercado no Ibovespa
Valor de mercado, em R$ bilhões