Folha de S. Paulo


Vendas caem, e Apple fica sob pressão para o lançamento do 'iPhone 10'

As vendas de iPhone, produto que é responsável por mais de 60% das vendas da Apple, caíram em unidades no segundo trimestre fiscal da gigante da tecnologia, o que coloca mais pressão sobre o lançamento da nova linha de smartphones, que neste ano comemora seu décimo aniversário.

A Apple vendeu 50,8 milhões de iPhones no trimestre fiscal encerrado em 1º de abril, queda de 1% sobre os 51,2 milhões de aparelhos comercializados no mesmo período de 2016.

A projeção média dos analistas era de vendas de 52,3 milhões de iPhones no período, de acordo com a FactSet, empresa que acompanha e analisa dados empresariais.

À pressão sobre o novo iPhone se soma a perda de mercado para marcas chinesas nos últimos anos, como a Huawei e a Oppo, e ao lançamento do Galaxy S8, da Samsung.

Em entrevista após a divulgação do balanço, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, atribuiu o recuo nas vendas às especulações sobre o novo modelo, que, segundo ele, foram divulgadas mais cedo do que o normal e mais frequentes.

Os rumores sobre como seria o novo iPhone –normalmente, a Apple atualiza o modelo nos meses de setembro– podem ter feito consumidores adiar as compras.

Segundo publicações voltadas à tecnologia, o smartphone pode incorporar recursos como recarga sem fio, reconhecimento de face tridimensional e tela curva.

Apesar da queda em volume, a Apple ganhou mais dinheiro com a venda do smartphone. A empresa faturou US$ 33,25 bilhões com o aparelho, alta de 1% em relação ao mesmo período de 2017.

A explicação para o aumento é o maior peso nas vendas do iPhone 7 Plus, modelo mais caro. O preço médio dos smartphones da empresa foi de US$ 655, ante US$ 641 um ano atrás.

A receita total da Apple no período foi de US$ 52,9 bilhões, alta de 5%, a segunda consecutiva após três trimestres de retração.

O lucro aumentou 4,9%, para US$ 11 bilhões. Foi a primeira alta em mais de um ano.

IPAD E MAC

As vendas do iPad, terceiro colocado no ranking de faturamento da empresa, continuam em trajetória de queda, em meio à concorrência com outras marcas de tablet e à preferência dos consumidores por smartphones.

A Apple vendeu 8,9 milhões de unidades do tablet, queda de 13% em relação a um ano antes. A receita foi de US$ 3,89 bilhões –recuo de 12%.

O Mac, por sua vez, representou um alento. Os 4,2 milhões de unidades vendidas representaram um faturamento de US$ 5,84 bilhões, incremento de 14%.

Os serviços, que incluem a Apple Music e Apple Store e vêm ganhando cada vez mais peso na receita da empresa e geraram US$ 7 bilhões –aumento de 18%.


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