Folha de S. Paulo


Greve é um fracasso na avaliação do governo, afirma ministro da Justiça

Bruno Santos/Folhapress
Integrantes da Força Sindical protestam em frente ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, nesta sexta-feira (28), em dia de Greve Geral promovida por entidades sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo Governo.
Manifestantes protestam em frente ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo

Na avaliação inicial do governo, a greve geral convocada por centrais sindicais e movimentos sociais para esta sexta-feira (28) contra as reformas da Previdência e trabalhista é um fracasso, afirmou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, em entrevista à Rádio CBN durante a manhã.

"Você pega milhares de pessoas obstruídas por 15, 20, 50 pessoas. As pessoas estão querendo ir trabalhar e estão sendo obstruídas", disse o ministro. "Estamos iniciando o dia, mas aparentemente é uma greve que inexiste."

Para Serraglio, o movimento se limita à ação de sindicalistas.

Adriano Machado/Reuters
Brazil's President Michel Temer (L) greets the new Justice Minister Osmar Serraglio during the inauguration ceremony of the Ministers, at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, March 7, 2017. REUTERS/Adriano Machado ORG XMIT: BSB04
O presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, Osmar Serraglio

"É mais uma greve aparentemente dos sindicados, das centrais, perturbados com as decisões desta semana do Congresso Nacional, que estão tirando recursos bilionários", disse, em referência ao fim da contribuição sindical obrigatória, uma das medidas previstas no projeto de reforma trabalhista aprovado na Câmara nesta quarta (26).

"Essas organizações existem porque se alimentam de um recurso que não corresponde ao seu esforço", afirmou.

A mobilização nesta sexta foi convocada pelas nove centrais sindicais do país –Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical, a CSP/Conlutas, a Nova Central, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Paralisações e manifestações ocorrem nas principais capitais do país.


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