Folha de S. Paulo


Mudança nas leis trabalhistas exige debate eleitoral, diz sindicalista

Marcos Santos/USP Imagens
Carteira de trabalho; terceirização
Carteira de trabalho; mudança nas leis trabalhistas exige debate eleitoral

A reforma promove um desmanche total do sistema de proteção construído desde a promulgação da CLT, diz Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Folha - Por que a CUT é contra a reforma?

Sérgio Nobre - Mudanças na legislação trabalhista têm que partir de discussões com as centrais e os demais atores.

Isso não pode ser feito da maneira autoritária como está sendo levada, por um governo que não foi eleito, com um programa que não passou por um debate eleitoral e não foi votado nas urnas.

Defensores do projeto dizem que ele vai gerar mais empregos ao dar segurança jurídica a empresários.

Esse discurso é mentiroso. Quando o trabalhador está protegido, com carteira assinada e garantia de emprego, ele consome, compra uma casa. Mas, se ele tiver um contrato precário, de jornada de três horas, que segurança vai ter?

Quanto mais você precariza o trabalhador, menos ele consome, menos a indústria produz e menos o país cresce. Como vamos sustentar a Previdência sem contribuição?

REFORMA TRABALHISTA - Veja os principais pontos que mudam com a reforma trabalhista


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