Folha de S. Paulo


Promoção de presidente da United é suspensa após crise em voo lotado

Nam Y. Huh/Associated Press
Passageiros em terminal do aeroporto de Chicago
Passageiros em terminal do aeroporto de Chicago

A companhia aérea United Airlines anunciou que seu presidente-executivo, Oscar Muñoz, não assumirá o cargo de presidente do conselho de administração da empresa em 2018, como estava planejado anteriormente.

A mudança acontece após um vídeo mostrando a retirada forçada de um passageiro de voo superlotado que sairia de Chicago (EUA) ter causado uma revolta global.

Segundo o advogado do passageiro, um médico de 69 anos, a ação dos agentes de segurança causou uma concussão e uma fratura no nariz em seu cliente.

Muñoz foi criticado por, em sua primeira reação ao caso, ter defendido a empresa em mensagem que não trouxe nenhum pedido de desculpas ao passageiro.

Após a repercussão negativa do caso, ele lamentou o incidente e afirmou que a empresa não irá mais usar agentes de segurança para retirar passageiros de voos em casos de overbooking.

Em documentos enviados a reguladores do mercado, a companhia informou que a mudança no contrato de seu presidente-executivo foi tomada por iniciativa de Muñoz. A United não descarta a possibilidade de ele assumir a posição no futuro, mas afirma que isso depende de deliberações do conselho da empresa.

A United vem realizando uma revisão de seus procedimentos, que devem ser divulgados no dia 30 deste mês. Os resultados da investigação devem ser discutidos com o Comitê de Transportes da Câmara dos Representantes no Congresso dos Estados Unidos.

A empresa também anunciou nesta sexta-feira que irá atrelar os bônus de seus executivos a indicadores que reflitam a qualidade da experiência oferecida a consumidores.


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