Folha de S. Paulo


Chinesa que tem ações da Azul planeja comprar fatia da Odebrecht no Galeão

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RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 10-11-2014: Chineses aguardam verificação de vistos, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). A medida foi tomada após suspeita de aumento do npumero de vistos falsos. (Foto: Divulgação) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Passageiros aguardam verificação de vistos, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro

A concessionária RioGaleão acertou nesta quarta (19) o pagamento atrasado do R$ 920 milhões referente à parcela pela outorga do aeroporto do ano passado e anunciou acordo com o governo para rever o cronograma de pagamentos.

O acordo abre espaço para a atração de um novo sócio para o consórcio, hoje controlado pela Odebrecht Transport e pela Changi Airports, de Cingapura. A Odebrecht negocia a venda de sua parcela para a chinesa HNA.

Mas a operação não teria futuro sem a decisão do governo federal de autorizar a nova agenda para o pagamento da outorga.

Segundo o acordo, a concessionária antecipará o pagamento das parcelas de 2017, 2018, 2019 e 2020, no valor total de R$ 4,5 bilhões, que começam a ser pagos em outubro.

O valor será pago com aporte dos sócios atuais. A concessionária pediu ao governo para negociar o "reperfilamento das outorgas" alegando dificuldades diante do cenário econômico do país.

O acordo anunciado hoje, diz, "viabiliza a sustentabilidade definitiva da concessionária".

O grupo venceu a licitação para operar o Galeão em novembro de 2013, comprometendo-se a pagar R$ 19 bilhões pela outorga, um ágio de 239,9% sobre o preço mínimo.

A operação de venda da fatia da Odebrecht ainda não está concretizada, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, que não quis falar em valores.

Após a solução deste imbróglio, o governo se voltará para a preparação da nova rodada de concessões de aeroportos.

A HNA é operadora de aeroportos, com 13 aeroportos sob sua administração, mas também tem um braço de companhia aérea. Ela é a mesma que em 2015 fechou acordo com a Azul para comprar uma fatia de 23,7% do capital da companhia aérea brasileira.

O conglomerado chinês também atua nas áreas de turismo, imobiliário, finanças, logística e outros. A empresa tem grandes números, como faturamento torno de US$ 30 bilhões, mais de 410 mil funcionários e uma frota superior a 1250 aeronaves.


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