Folha de S. Paulo


Amazon permite que sebos e editoras vendam a partir de seu site no Brasil

Mike Segar/Reuters
Caixa da Amazon
Caixa da Amazon

A Amazon passará a permitir que outros distribuidores, sebos e editoras de livros vendam diretamente a clientes a partir de seu site brasileiro a partir desta quarta-feira (12), em modelo de negócios conhecido como "marketplace".

Com isso, a empresa adiciona 100 mil livros a seu catálogo de títulos a venda, atualmente de 150 mil obras.

Os vendedores vão pagar uma comissão de 10% por livro vendido. Considerado promocional pela empresa, o valor deve ser reavaliado no final de abril de 2018.

Além disso, vendedores que usarem contas para pessoas físicas pagam R$ 2 adicionais por livro vendido. Haverá também contas para profissionais, (que oferecerá recursos adicionais para gerenciar vendas) com custo mensal de R$ 19 e sem essa taxa por unidade.

Nos três primeiros meses, a Amazon não cobrará os R$ 19 para o uso do perfil profissional.

Quem vender a partir da plataforma será responsável por cuidar do envio dos livros e por garantir sua qualidade.

Inicialmente serão algumas dezenas de empresas cadastradas para vender no site, diz diz Daniel Mazini, diretor para livros impressos da Amazon no Brasil.

"Queremos que as pessoas visitem a Amazon e encontrem o conteúdo que estão procurando. Sentíamos falta de não ter conteúdo de pequenas editoras e livros que estão fora de catálogo."

'MARKETPLACE'

Permitir esse tipo de venda dentro de sua plataforma foi uma das principais estratégias para tornar a empresa uma das maiores da internet no mundo e receber o apelido de "Loja de Tudo" —a empresa atua em categorias variadas em outros países, sem se restringir a livros.

A Amazon não divulga expectativas de crescimento com o modelo de "marketplace".

Globalmente, aproximadamente 50% das vendas da Amazon são de produtos vindos de "marketplace", considerando todas as categorias em todos os sites, informa a companhia.

A empresa começou a trabalhar com o modelo no ano 2000. Com o lançamento do "marketplace" brasileiro, a companhia passa a ter 12 deles mundo afora.

O modelo já é adotado para venda de livros no Brasil pela empresa Estante Virtual desde 2005.

Em outros segmentos, grandes lojas como Mercado Livre, Pontofrio, Magazine Luiza e Submarino permitem a venda de produtos de terceiros.


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