Folha de S. Paulo


Consumo de energia cresceu 2,2% em fevereiro, diz ONS

Paulo Whitaker/Reuters
Linhas de transmissão de energia elétrica em Caçapava
Linhas de transmissão de energia elétrica em Caçapava

O consumo nacional de energia cresceu 2,2% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo informou nesta quinta (23) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De acordo com a entidade responsável pela gestão do sistema, o crescimento é impactado por uma melhora no cenário econômico do país.

"Com a melhoria da confiança da indústria, em resposta à desaceleração das taxas negativas apresentadas por alguns indicadores como a melhoria da credibilidade econômica e elevação dos preços das commodities, já se observa, ainda que tímidos, efeitos positivos na carga de energia", escreveram os técnicos do ONS no Boletim Mensal de Carga distribuído nesta quinta.

Desconsiderando efeitos pontuais, como o número de dias e as altas temperaturas, disse o órgão, o aumento com relação a fevereiro do ano passado foi de 2,1%. Na comparação com janeiro de 2017, houve alta de 2,3%, e no acumulado de 12 meses, o crescimento é de 1,4%.

De acordo com o ONS, a carga de energia (indicador que representa o consumo mais perdas) do sistema elétrico em fevereiro foi de 69.771 megawatts (MW) médios.

Principal consumidor do país, o subsistema Sudeste/Centro Oeste registrou alta de 1,7% com relação ao mesmo mês do ano anterior. O ONS vê efeitos das temperaturas e de "ligeira melhora de indicadores econômicos como a produção industrial", responsável por 35% do consumo das regiões.

Considerando apenas os efeitos econômicos, o aumento foi de 1,6%. Em 12 meses, o consumo do subsistema cresceu 0,8%.

O maior crescimento foi verificado no Sul, de 4,5% na comparação com fevereiro de 2016. Mas, nesse caso, há grande influência das altas temperaturas, sendo que a variação ajustada, que expurga esse fator, é de 3,7%.

No Nordeste, o consumo de energia cresceu 3,3%. Já no Norte, houve queda de 0,4%, como consequência ainda da baixa atividade de indústrias eletrointensivas na região.


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