Folha de S. Paulo


Oi propõe reduzir carência e bônus em ajuste de plano de recuperação

Nacho Doce/Reuters
The logo of Brazil's largest fixed-line telecoms group Oi is seen inside a shop in Sao Paulo October 2, 2013. Oi SA on April 25, 2016, formally started talks to restructure $14.3 billion of bonds, pitting some of the world's biggest investors against each other as Brazil's most-indebted phone carrier fights for its survival. REUTERS/Nacho Doce/File Photo ORG XMIT: TOR602
Logo da Oi

O conselho de administração do grupo de telecomunicações Oi divulgou nesta quarta-feira (22) novos termos para o plano de recuperação judicial da empresa, propondo aos credores redução de prazo de carência de pagamento de juros e de principal, além de emissão de bônus.

A proposta atualizada reduz os prazos de carência para pagamento de juros e do principal aos credores das chamadas classe 2, classe 3, incluindo aqueles que aderirem à conversão de créditos em ações da companhia.

O plano prevê agora um corte no prazo de carência de pagamento de juros de 7 para 4 anos no caso de credores classe 2. No caso de credores classe 3 o prazo foi reduzido de 7 para 6 anos e a taxa de juros passa de 8% ao ano para o equivalente a 65% do CDI. Já a carência proposta para pagamento do principal da dívida foi reduzida de 10 para 6 anos para ambas as classes.

O conselho também propôs emissão de R$ 2,8 bilhões em novo bônus para credores classe 3 com conversão, além de R$ 3,9 bilhões de reais em um bônus conversível.

A companhia agora também propõe que os credores dessa classe recebam ações na partida. O novo bond proposto não poderá ser resgatado antes do vencimento em 2027. Os bonds (título de dívida) conversíveis poderão ser convertidos no 36º mês.

No que se refere a dividendos, a empresa propôs que, após a venda de ativos relevantes do grupo, haverá distribuição para credores de 50% do resultado líquido das venda, observando diretrizes de recomposição mínima do caixa.

A Oi, no entanto, limitará o pagamento de dividendos enquanto a proporção de dívida líquida/Ebitda for maior do que 2,5 vezes.

A Oi encerrou 2016 com dívida líquida de R$ 40,3 bilhões e Ebitda de R$ 6,7 bilhões.


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