O Ministério da Agricultura (Mapa) e a Polícia Federal se juntaram para fazer uma defesa da qualidade da carne no país.
Desde a deflagração da Operação Carne Fraca, na última sexta (17), o governo vinha criticando a PF por causa da crise criada no setor.
Alguns países importadores anunciaram restrições à compra de carne brasileira.
A investigação apontou um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos, com indícios de que alimentos estragados estavam sendo colocados à venda.
Na tarde desta terça-feira (21), o secretário executivo do Mapa, Eumar Roberto Novacki, e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, se encontraram para acalmar a situação.
"O sistema de inspeção federal brasileiro já foi auditado por vários países que atestaram sua qualidade. O SIF garante produtos de qualidade ao consumidor brasileiro", diz o comunicado à imprensa.
No domingo, após reunião com o presidente Michel Temer, o ministro Blairo Maggi fez críticas às investigações e contestou dados técnicos que estavam no relatório da PF.
De acordo com a nota oficial, o encontro aconteceu para "fortalecer a relação entre as instituições e reafirmar o compromisso de ambas em elucidar fatos investigados".
Como está a exportação de carne em cada país |
Maggi havia dito que práticas apontadas pela PF como proibidas eram, na verdade, regulamentadas.
O Mapa e a polícia também esclarecem que os fatos apurados não representam um "mau funcionamento generalizado do sistema de integridade sanitária".