Folha de S. Paulo


Brasil fecha 40,8 mil vagas de trabalho com carteira assinada em janeiro

Depois de o Brasil registrar em 2016 o segundo pior ano da história no mercado de trabalho formal, 2017 começou com o fechamento de 40,8 mil vagas de emprego com carteira assinada em janeiro.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Ministério do Trabalho. Janeiro foi o 22º mês consecutivo em que houve diminuição do emprego formal.

Apesar do saldo negativo, o resultado foi melhor que janeiro de 2016, quando foram registradas 99,7 mil vagas a menos. A última vez que a abertura de vagas superou o encerramento no mês de janeiro foi em 2014, com um saldo positivo de 29,6 mil.

O desempenho de janeiro foi puxado, principalmente, pelo comércio, que encerrou o mês com 60 mil vagas a menos. No setor de serviços, as demissões superaram as contratações em 9.500.

Por outro lado, o resultado não foi pior devido ao desempenho da indústria de transformação, que garantiu um saldo positivo de 17,5 mil, e da agricultura, que teve 10,7 mil novas contratações.

Na indústria de transformação,as demissões na área de produtos alimentícios e bebidas superaram as contratações em 12,7 mil.

As regiões Sul e Centro-Oeste foram as únicas que registraram mais contratações do que demissões: 24,4 mil e 12,8 mil, respectivamente. O Nordeste (-40,8 mil), o Sudeste (-30,4 mil) e o Norte (-6,8 mil) reduziram a quantidade de empregos formais em janeiro.

2016

No ano passado, o Brasil perdeu 1,32 milhão de vagas com carteira assinada e foi o segundo pior resultado da série, que começa em 1992.

O número só não foi pior do que o registrado em 2015, quando as demissões superaram as contratações formais em 1,54 milhão de vagas.


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