Folha de S. Paulo


Brasileiro Carlos Ghosn deixa presidência da Nissan após 18 anos

Yasuyoshi Chiba/AFP
The President and CEO of Japan's auto company Nissan Carlos Ghosn, gestures during a press conference in Rio de Janeiro, Brazil, on January 6, 2015, where he announced that Nissan wants 5 percent (currently 2.5 percent) of the Brazilian market until the end of 2016. AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA ORG XMIT: YCH050
Carlos Ghosn durante evento na fábrica da Nissan em Resende (RJ), no ano de 2015

Após quase duas décadas de comando, Carlos Ghosn deixará a presidência da Nissan Motors. O executivo brasileiro, que comandou a restruturação da montadora no fim da década de 1990, continuará à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e de outros negócios do grupo.

De acordo com comunicado divulgado pela fabricante de automóveis, Ghosn deseja se concentrar mais no crescimento da Aliança. A Folha apurou que ele também irá dedicar mais tempo a relações governamentais, com o objetivo de expandir os negócios do grupo.

"Estou confiante de que a equipe de gerenciamento que desenvolvi na Nissan nos últimos 18 anos tem o talento e a experiência necessários para atingir os objetivos operacionais e estratégicos da empresa", disse Ghosn no comunicado. Ele será sucedido por Hiroto Saikawa, que está na Nissan desde 1977.

Quando assumiu o cargo de diretor-presidente da Nissan, em 1999, Ghosn encontrou a montadora japonesa á beira da falência.

Com cerca de US$ 20 bilhões em dívidas, a empresa precisou de um tratamento de choque na época. Houve demissões, encerramento de parcerias e fechamento de linhas de produção pouco produtivas.

Hoje, a empresa está entre as maiores do setor automotivo. O grande movimento do grupo em 2016 foi assumir o controle acionário da Mitsubishi Motors, que esteve envolvida em problemas ambientais por fraude em dados de emissões de poluentes.


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