Folha de S. Paulo


Bares fora da rota carnavalesca querem ser ponto de encontro

Os bares e restaurantes que estão fora da rota dos festejos de Carnaval também querem atrair os foliões. Para isso, armam estratégias para se transformarem em pontos de encontro de turmas.

"É difícil as pessoas conseguirem se agrupar já no meio da multidão. Com rodas de samba, grupos de choro ou promoções de bebidas, os estabelecimentos podem estimular as pessoas a se encontrarem nesses locais", diz Anderson Cesar Oliveira, professor da pós-graduação em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação do Senac.

Foi pensando nisso que Daniela Pilar, 41, resolveu oferecer descontos de 20% em alguns produtos para quem for fantasiado às casas que administra: a hamburgueria Frank & Charles e a pâtisserie Sweetshop, ambas em Higienópolis, na região central de São Paulo.

"Na hamburgueria, a intenção é que a pessoa ou faça um 'esquenta' com os drinques e as cervejas ou venha depois da festa curar a ressaca com os sucos", diz Pilar.

Mais perto da rota de passagem de blocos, o Urbe Café Bar, no entorno da rua Augusta, quer se colocar tanto como um ponto de descanso -com suas bebidas geladas revigorantes à base de café- quanto de reabastecimento.

Neste último caso, buscou parcerias para oferecer uma "double caipirinha". "Vamos dividir a ação com a cachaça Leblon. Eles entram com bebida, e a gente, com os ingredientes", afirma Fabio Pereira, 42, sócio da casa.

NO MEIO DA MULTIDÃO

Os estabelecimentos que estão no "fervo" devem oferecer produtos que caracterizem a casa, orienta Oliveira.

Para concorrer com blocos, Marcus Ribas, 50, sócio da Cervejaria Nacional, percebeu que não valia a pena investir em uma programação especial. Ele decidiu se concentrar no que faz melhor: a cerveja. A casa vai lançar duas bebidas sazonais, a Magrela, feita com ervas, e a Folia, com milho.


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