Folha de S. Paulo


Babá de famoso também precisa se profissionalizar para faturar

Há dez anos, o promoter Juan Moraes, 29, vive do Carnaval sem organizar nenhum evento sequer. Sua função é paparicar famosos em festas.

Neste ano, ele mudou de endereço: vai deixar a praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), e, pela primeira vez, compor o time de promoters no baile do Copacabana Palace, festa que abre o Carnaval do Rio de Janeiro.

Lá, vai ciceronear cem convidados num salão só dele. "Já estão confirmados o ator Edson Celulari, a ex-jogadora de basquete Hortência e a apresentadora Renata Kuerten." Mesmo com a presença confirmada de todos eles, Moraes diz fazer questão de manter contato constante com os convidados. "Antes do evento, ainda vou ligar para cada um deles. Não pode faltar ninguém."

Quando a festa está a todo vapor, Moraes diz que não tira os olhos de seus VIPs. "Faço um giro e, quando vejo alguém cometendo gafe, dou água e ofereço atenção especial."

Segundo ele, o trabalho não é nada fácil. "Tenho que garantir a presença de todos nas festas promovidas por uma marca. Mas hoje as assessorias dos famosos já entram em contato comigo", diz.

A personalidade que ainda sonha receber numa festa é a apresentadora e ex-modelo Fernanda Motta. "É minha 'number' 1."

Formado em relações públicas, o promoter montou uma agência de marketing em Curitiba, onde centraliza os negócios. "É um mercado promissor. Além de bem formado, o profissional precisa saber de uma coisa: ele não é maior que o evento."

A promoter Carol Sampaio, 34, também transformou o ato de recepcionar famosos —que exerce há 17 anos na noite carioca —em negócio. Ela estreia agora o Camarote 01, na Sapucaí. "O promoter não pode ficar deslumbrado. Tem que buscar um ambiente legal para seus convidados e trabalhar."


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