Folha de S. Paulo


China promete conter níveis da dívida corporativa

Wu Hong - 12.ago.2015/Efe
China prometeu nesta terça-feira conter os altos níveis da dívida corporativa
China prometeu nesta terça-feira conter os altos níveis da dívida corporativa

A China prometeu nesta terça-feira (10) conter os altos níveis da dívida corporativa e cortar ainda mais o excesso de capacidade de carvão e aço, numa tentativa do governo de manter um crescimento econômico sólido e mais equilibrado enquanto evita bolhas de ativos.

A segunda maior economia do mundo provavelmente cresceu cerca de 6,7% no ano passado, dentro da faixa determinada pelo governo como meta, mas enfrenta crescentes incertezas em 2017, disse o chefe da agência de planejamento estatal do país em entrevista à imprensa.

O crescimento do crédito na China tem sido "muito rápido" segundo os padrões globais, e sem uma estratégia abrangente para lidar com a dívida existe um crescente risco de crise bancária ou crescimento muito mais fraco, ou ambos, disse o FMI (Fundo Monetário Internacional) em outubro.

"Embora a economia doméstica esteja estável e melhorando, ainda enfrenta contradições e problemas", disse Xu Shaoshi, principal autoridade da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

"Temos a confiança, condições e capacidade para garantir que a economia opere dentro de uma faixa razoável."

Xu afirmou que a China não permitirá que a dívida de empresas não financeiras suba além dos níveis atuais, e vai ampliar os esforços para encorajar empresas a reestruturar suas dívidas. A dívida corporativa da China saltou para 169% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os líderes chineses devem aceitar um crescimento este ano de cerca de 6,5%, disseram fontes.

Isso daria ao governo em teoria mais espaço para se concentrar em lidar com a dívida do país, e em conter a especulação que foi vista no ano passado nos mercados imobiliário, de commodities e de dívida.

Depois de um difícil início de 2016, a economia da China teve desempenho melhor do que muitos economistas esperavam diante dos gastos mais altos do governo em infraestrutura, avanço do setor imobiliário e empréstimos recordes de bancos estatais, o que alimentou um boom da construção.


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