Folha de S. Paulo


Petrobras tem quatro processos de vendas de ativos parados por liminares

Liminares judiciais paralisaram quatro processos de vendas de ativos da Petrobras, que incluem a BR Distribuidora e campos de petróleo no Brasil.

Nesta terça-feira (20), a justiça de Sergipe negou recurso da empresa para derrubar liminar que suspende a venda dos campos de Baúna e Tartaruga Verde para a australiana Karoon.

Os outros processos paralisados por liminares, além da BR, referem-se a campos de águas rasas em Sergipe e no Ceará e a campos terrestres na região nordeste.

As liminares tem sido pedidas por petroleiros, com o objetivo de evitar o que chamam de "desmonte" da estatal. A alegação é que os processo não são feitos por licitação.

Em nota distribuída nesta terça, a Petrobras diz que está tomando as medidas jurídicas cabíveis para derrubar as liminares e dar prosseguimento ao processo de venda.

A direção da empresa estipulou uma meta de vender US$ 34,6 bilhões em ativos até 2019. Até agora, foram pouco mais de US$ 11 bilhões.

A última operação foi a venda de sua participação na produtora de etanol Nova Fronteira à São Martinho, em troca de ações nesta última com um valor estimado em US$ 133 milhões.

O processo de desinvestimento foi questionado também pelo TCU (Tribunal de Contas da União) que determinou à empresa que suspenda novas operações além das cinco que estão em fase final de negociações.

Entre as liberadas, estão os campos de Baúna e Tartaruga Verde e a venda da Nova Fronteira.

As outras são ativos petroquímicos em Pernambuco, ativos em águas profundas no Golfo do México e a venda da participação da Petrobras Biocombustível na produtora de açúcar e etanol Guarani.

"A companhia está trabalhando na reformulação de sua sistemática para desinvestimento, com vistas a ajustá-la às determinações do TCU e espera concluir essa reformulação no menor prazo possível", disse a empresa.


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