Braço naval do grupo Engevix, a Ecovix confirmou nesta sexta (16) pedido de recuperação para tentar sobreviver ao elevado endividamento, calculado em R$ 8 bilhões.
O pedido foi feita à 2ª Vara Federal do Rio Grande e tem a Petrobras como maior credora, com cerca de metade do total devido pela empresa.
A Ecovix controla os estaleiros Rio Grande 1 e 2, que ganharam contrato com a estatal para construir oito cascos de plataformas de petróleo, no valor de US$ 3,5 bilhões.
Venceu ainda licitação para construir três sondas de perfuração para a Sete Brasil, por US$ 2,4 bilhões.
Mas a situação começou a se complicar depois que seus sócios passaram a ser investigados pela Operação Lava Jato. O dono da Engevix, Gerson Almada, foi condenado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
"A companhia desenvolveu ao longo de 2016 uma forte reestruturação financeira e operacional e avaliou que a recuperação judicial seria a medida mais apropriada para viabilizar uma retomada da operação no futuro", disse a empresa, em nota.
Caso o pedido seja aceito, a Ecovix ganha um prazo de 180 dias sem risco de execução de dívidas, para que elabore um plano de recuperação e apresente aos seus credores.
A ideia é separar os equipamentos dos estaleiros em unidades produtivas isoladas, que seriam transferidas aos credores em troca de parte da dívida.