Folha de S. Paulo


Grécia quer retorno ao mercado de capitais em 2018, mas depende do BCE

A Grécia vai testar o mercado de capitais na primeira metade de 2017, iniciando o caminho para um retorno total ao mercado em 2018, quando seu programa terminar, disse o vice-primeiro ministro Yannis Dragasakis neste sábado (3).

Em artigo publicado no jornal "Efimerida ton Syntakton", Dragasakis pediu que os credores oficiais da Grécia façam uma avaliação positiva do processo de resgate do país, na reunião de ministros de finanças da zona do euro nesta segunda-feira (5), e enviem uma "mensagem de esperança para o povo grego e toda a Europa".

Para testar o mercado em 2017, a Grécia precisa ser incluída no programa de compra de ativos do Banco Central Europeu, disse ele. Para que isso aconteça, a revisão do seu segundo resgate precisa ser concluído e as medidas de alívio de dívida, não apenas de curto prazo, mas também além de 2018, definidas.

Referindo-se a uma rixa entre credores oficiais da Grécia, a União Europeia e o FMI, sobre as metas de superávit primário após 2018, ele disse: "A Grécia, mais uma vez, virou palco em que interesses mais abrangentes entram em conflito".

O FMI ainda não decidiu se seguirá ajudando a financiar o programa de socorro à Grécia —ao qual a Alemanha quer acrescentar credibilidade ao resgate, o terceiro dado ao país desde 2010.

Mas o fundo disse que a Grécia não pode manter sua meta de superávit primário de 3,5% do PIB além de 2018, a menos que adote medidas extras de austeridade, sugestão que oficiais gregos já rejeitaram.


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