Folha de S. Paulo


Papéis da Eletrobras sobem 240% na volta das negociações na Bolsa de NY

Spencer Platt/Getty Images/AFP
NEW YORK, NY - MAY 17: A board on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) displays a fall in the market on Tuesday afternoon on May 17, 2016 in New York, New York. Expectations for higher interest rates this year resulted in a sharp sell off in stocks with the Dow Jones Industrial Average falling 181 points, or 1%, to 17530. Spencer Platt/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
Painel na Bolsa de Valores de Nova York, onde ADRs da Eletrobras voltaram a ser negociados

Os ADRs (American Depositary Receipts, ou recibos de ações) da Eletrobras voltaram a ser negociados nesta quinta-feira (13) na Bolsa de Nova York com alta de mais de 200%. As operações haviam sido suspensas em maio, por falta da entrega de informações financeiras em formulário relativas a 2014.

Os papéis lastrados em ações ordinárias da companhia, negociados sob o código EBR, fecharam com ganho de 240%, a US$ 6,66. Os ADRs preferenciais (EBR.B) subiram 125%, a US$ 7,75.

Na terça-feira (11), a companhia arquivou junto à SEC (Securities and Exchange Comission, o xerife do mercado de capitais dos EUA) os formulários, denominados 20-F, referentes a 2014 e 2015. A entrega ocorreu após conclusão dos trabalhos de investigação sobre perdas com o esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Os formulários trazem perdas de R$ 302,5 milhões com o esquema de pagamento de propinas.

Para o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, a forte alta dos ADRs da Eletrobras em Nova York é um ajuste para acompanhar o movimento das ações da estatal na Bolsa brasileira.

No Brasil, os papéis ordinários registraram alta de mais de 200% desde 18 de maio, quando os ADRs foram suspensos na Bolsa de Nova York. Os preferenciais classe B (PNB) avançaram 111% no período.

Na Bovespa, as ações ON da Eletrobras subiram 1,63% nesta quinta-feira, a R$ 21,18, e as PNB avançaram 0,24%, a R$ 24,89.

"Essa alta dos papéis se deve à mudança de governo e à troca do comando da estatal, mais profissional e pró-mercado", explica o analista. "Com isso, melhoraram as perspectivas para a Eletrobras, assim como para o setor elétrico como um todo."


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