Folha de S. Paulo


Petrobras negocia venda de campos de petróleo com australiana Karoon

Simon Townsley/Agência Petrobras
FPSO (unidade de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) Cidade de São Paulo, da Petrobras, que está em operação no campo de Sapinhoá, no pré-sal da bacia de Santos
Transação envolveria venda de 100% do campo na bacia de Santos e de 50% na de Campos

A Petrobras informou nesta quinta-feira (6) que iniciou negociações exclusivas com a australiana Karoon para venda de participação e, dois campos de petróleo no Brasil.

As conversas referem-se ao campo de Baúna, na bacia de Santos, e de Tartaruga Verde, na bacia de Campos, e fazem parte do plano de desinvestimentos da estatal, que tem por objetivo reduzir o elevado endividamento da companhia.

No primeiro caso, a Petrobras está se desfazendo de 100% de sua fatia no projeto. No segundo, venderá 50% e permanecerá como operadora.

Baúna já está em produção, com uma média de 45 mil barris de petróleo por dia. Já Tartaruga verde é um projeto ainda em desenvolvimento.

Os dois campos foram colocados à venda ainda em 2015 e vinham sendo negociados com a Karoon e com a PetroAtlântico, empresa de investimentos criada pelo ex-presidente da petroleira Galp (sócia da Petrobras no pré-sal), Manuel Ferreira de Oliveira.

A Karoon tem atualmente cinco concessões petrolíferas na bacia de Santos, mas ainda não produz petróleo no país. A Petrobras não informou o valor da transação.

Até o momento, a companhia anunciou operações de vendas de ativos no valor de US$ 9,8 bilhões, o equivalente a 65% da meta estipulada para o período 2015 e 2016.

O novo plano de negócios da companhia trouxe uma meta adicional, de US$ 19,5 bilhões, para o período entre 2017 e 2018.

O movimento da estatal tem gerado otimismo no segmento, que se mostra animado com a perspectiva de mudanças relevantes na legislação após a chegada de Michel Temer à presidência.

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (5) o texto base de um projeto que desobriga a Petrobras de ser operadora exclusiva de áreas do pré-sal sob o regime de partilha, e o Ministério de Minas e Energia tem discutido com o setor produtivo aperfeiçoamentos nas regras de conteúdo local.

Editoria de Arte/Folhapress
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