O banco central britânico afirmou que é provável que corte a taxa de juros para pouco acima de zero ainda neste ano, embora o impacto inicial sobre a economia da decisão de deixar a União Europeia seja menos grave do que se esperava no mês passado.
O Banco da Inglaterra informou nesta quinta-feira (15) que seus nove membros que definem os juros foram unânimes na decisão de manter a taxa na mínima de 0,25%, menor patamar na história de 322 anos do banco central.
Eles também votaram por 9 a 0 por manter a meta do programa de compra de títulos do banco em 435 bilhões de libras e para continuar com seu novo plano de compra de até 10 bilhões de libras em títulos corporativos.
Dois membros que definem os juros, que no mês passado foram contrários à expansão do programa de compra de títulos do governo, disseram que ainda não acham que ele seja necessário, mas votaram em linha com seus colegas porque reverter a decisão agora seria muito prejudicial.
No mês passado, o banco central decidiu ajudar a economia britânica a lidar com o choque da decisão de deixar a UE com um pacote de estímulo em uma escala não vista desde o ápice da crise financeira global.
Mas desde agosto, uma série de indicadores tem mostrado uma recuperação do impacto inicial da decisão britânica, surpreendendo o Banco da Inglaterra embora a economia esteja a caminho de uma forte desaceleração.
A equipe do banco central estima que a economia vai crescer 0,3% no período de julho a setembro, melhor do que a previsão anterior de apenas 0,1% feita em agosto.
No entanto, o crescimento de 0,3% representaria uma redução pela metade na comparação com ritmo do segundo trimestre, e o banco reiterou que poderia muito bem cortar ainda mais a sua taxa referencial de empréstimo em breve.