O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, disse nesta quinta-feira (8) que o banco estava buscando opções para garantir que possa seguir com o seu programa de impressão de dinheiro sem precedentes, com a inflação da zona do euro ainda muito abaixo de sua meta oficial.
No entanto, o banco não chegou a confirmar uma ampliação específica de suas compras de ativos mensais de € 80 bilhões, reafirmando a sua linha existente de que elas vão continuar até março do próximo ano ou além, se necessário.
"O Conselho do BCE encarregou as comissões competentes (com o BCE) para avaliar as opções que garantam a boa implementação do nosso programa de compra", disse ele em coletiva após a autoridade monetária manter as taxas de juros.
Draghi apresentou uma redução modesta das previsões de crescimento do banco para a zona do euro e alertou para riscos, entre eles as incertezas relacionadas a decisão britânica de deixar a União Europeia (UE), mas disse que nenhuma ação era necessária no momento.
"Por enquanto, as alterações não são substanciais para justificar uma decisão de agir. Vemos que nossa política monetária é eficaz", disse ele.
O BCE manteve a taxa de depósito em -0,4%, cobrando dos bancos o dinheiro no overnight, e deixou a taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0%.
Ao manter a taxa de depósito em território negativo e imprimir dinheiro a um ritmo recorde, o BCE espera reanimar inflação e o crescimento em uma região afetada por quase uma década de problemas e crises econômicas.