Folha de S. Paulo


Vendas no varejo da zona do euro sobem mais que esperado após 'brexit'

Joel Saget/AFP
Vendas no varejo na zona do euro subiram mais do que o esperado em julho
Vendas no varejo na zona do euro subiram mais do que o esperado em julho

As vendas no varejo na zona do euro subiram mais do que o esperado em julho, registrando o maior aumento mensal do ano após o plebiscito britânico para deixar a União Europeia (UE).

A agência de estatísticas da UE, a Eurostat, informou nesta segunda-feira (5) que as vendas no varejo, medida de gastos das famílias, subiram 1,1% na comparação mensal e 2,9% na base anual em julho, em ambos os casos muito acima das expectativas do mercado.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,6% das vendas no mês e de 1,9% ante o ano anterior.

O resultado mensal ocorreu depois de uma queda de 0,1% em junho, dado revisado pela Eurostat após ter sido divulgado como estável.

Já o crescimento empresarial da zona do euro atingiu em agosto o ponto mais fraco desde o início do ano passado, sugerindo que a economia do bloco está perdendo o pouco da força que chegou a apresentar, mostrou nesta segunda a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI Composto final do Markit para a zona do euro chegou a 52,9 em agosto, contra preliminares de 53,3 e 53,2 em julho. Foi o nível mais baixo desde janeiro de 2015, mas ainda acima da marca de 50 que divide crescimento de contração desde meados de 2013.

"Embora o cenário geral seja de um crescimento estável, mas fraco, de 0,3% no terceiro trimestre, os dados revisados indicam que a economia está perdendo força em vez de ganhar", disse o economista-chefe do IHS Markit Chris Williamson.

A expansão no dominante setor de serviços do bloco também enfraqueceu. O PMI de serviços foi a 52,8, igualando a mínima de 17 meses vista em junho e abaixo dos 52,9 de julho e da preliminar de 53,1.


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