A segunda maior empresa de educação superior do Brasil, Estácio Participações informou nesta terça-feira que seu presidente Gilberto Teixeira de Castro renunciou, citando motivos pessoais e familiares.
O executivo permanecerá na empresa, que está sendo comprada pela rival maior Kroton, até o final de setembro. A Estácio informou ainda que o atual diretor financeiro, Pedro Thompson, vai acumular interinamente a função de presidente da empresa.
Em julho, a Kroton e a Estácio anunciaram fusão, em operação avaliada em R$ 5,5 bilhões e que resultará em uma participação em torno de 80% para a Kroton na empresa combinada.
Para que o negócio seja concretizado, ainda falta a análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que vai avaliar se impõe restrições à operação. Caso sejam feitas restrições, as empresas decidirão se aceitam cumprir as exigências do Cade ou se desistem do negócio. E se elas aceitarem, o passo seguinte será o cumprimento das medidas.
Especialistas estimam que, dado o gigantismo do negócio e os riscos da concentração, é muito provável que o Cade irá impor algumas restrições. A negociação já vem provocado reações como a da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, que entrou com denúncia no órgão afirmando que a operação pode provocar concentração econômica ilegal e prejudicar concorrência e qualidade do ensino.