Folha de S. Paulo


CSN vende fábrica de latas para polonesa Can-Pack por US$ 98 milhões

Antônio Gaudério/Folhapress
ORG XMIT: 201401_1.tif Aciaria da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda (RJ); a empresa tem projeto de novas usinas de placa voltadas para o mercado externo. Impulsionada pelo aquecimento da economia mundial, principalmente pela crescente demanda na China, a indústria de base brasileira vive um novo ciclo de investimentos, resultado da combinação dos altos preços dos produtos no mercado internacional e de uma maior capacidade de obter capital nos últimos anos. Somente no primeiro semestre, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento para 15 novos projetos de investimentos, que somam R$ 9,9 bilhões, nos setores de química, siderurgia, mineração e papel e celulose. (Volta Redonda, RJ, 08.09.2006. Foto de Antônio Gaudério/Folhapress)
Indústria da CSN onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda (RJ)

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) informou nesta terça-feira (23) que assinou um contrato para vender 100% do capital da fabricante de latas Metalic para a polonesa Can-Pack por US$ 98 milhões.

Segundo o fato relevante, a transação deve ser paga em reais e sua conclusão deve acontecer em 30 de setembro. A CSN foi assessorada pelo Bradesco BBI e o BB Banco de Investimento.

A venda da unidade é parte de um esforço para reforçar a estrutura de capital da CSN e reduzir dívida, de acordo com a agência Reuters.

Fundada em 1996, a Metalic fornece latas de aço para a indústria de bebidas. A empresa tem participação de mercado de 4% no país.

BALANÇO

A empresa encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 42,7 milhões. A alavancagem saltou para 8,3 vezes a dívida líquida sobre Ebitda ajustado, ante 5,6 vezes no mesmo período de 2015.

O efeito da queda do dólar frente ao real no resultado financeiro ajudou a CSN a ter um prejuízo menor no segundo trimestre.

O prejuízo líquido do período foi de R$ 42,7 milhões, ante prejuízo de R$ 614,6 milhões no mesmo período de 2015.

De abril a junho, a CSN teve um efeito cambial positivo de R$ 478 milhões na conta financeira. Um ano antes, o efeito cambial havia sido negativo em R$ 114 milhões.


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