Folha de S. Paulo


Redes de TV dos EUA expandem serviços para enfrentar Netflix

John G. Mabanglo - 20.ago.2015/Efe
Fachada da sede da Netflix, na Califórnia
Fachada da sede da Netflix, na Califórnia

Emissoras de televisão dos Estados Unidos estão ampliando ofertas de vídeos sob demanda em uma batalha para impedir que a audiência opte por serviços de transmissão de vídeo como os oferecidos por empresas como a Netflix.

As redes de TV querem que os consumidores continuem utilizando os serviços a cabo e por satélite, que fornecem sua maior fonte de receita. Os canais a cabo, por exemplo, receberão US$ 52,7 bilhões em taxas pagas por operadoras de televisão por assinatura este ano, mais da metade da receita total, de acordo com dados da SNL Kagan.

Para atender ao interesse dos consumidores por serviços de streaming, as redes estão prometendo um aumento significativo do acesso sob demanda aos episódios de temporadas atuais de programas por meio de seus sites, aplicativos e aparelhos de TV paga.

"Poder acompanhar (os programas) é claramente importante", disse o presidente de entretenimento da CBS, Glenn Geller, em uma entrevista. "Os fãs desejam assistir seus programas quando quiserem."

Os assinantes de TV por assinatura normalmente podem assistir apenas aos cinco episódios mais recentes de um programa enquanto a temporada está em andamento, enquanto os serviços de transmissão normalmente só oferecem temporadas completas após o fim de cada uma. Isso deixa os espectadores que perderam um determinado episódio da temporada atual sem opção que não seja a compra dele em plataformas como o iTunes, da Apple.

As emissoras de televisão concluíram que mais acesso aos espectadores pode ser bom para os negócios, disse Alan Wurtzel, presidente de pesquisa e desenvolvimento de mídia da NBCUniversal. Em uma pesquisa, 54% das pessoas disseram que não vão começar a assistir a um seriado de TV se não tiverem assistido a todos os episódios anteriores.

"Isso é o que as pessoas querem e nós temos que descobrir um jeito de dar isso para elas", afirmou Wurtzel.


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