O conselho de administração da Petrobras decidiu ampliar as mudanças no fundo de pensão Petros, indicando um de seus conselheiros, Walter Mendes, para a presidência.
O principal plano gerido pela Petros apresentou em 2015 um deficit de R$ 22,6 bilhões. A companhia e os pensionistas terão que dar contribuição extra para cobrir o rombo.
Mendes substituirá Henrique Jager, que havia sido indicado na gestão Aldemir Bendine. Ele está no conselho da Petrobras desde 2015, eleito pelos acionistas minoritários da estatal.
"É o profissional mais adequado no mercado para ocupar a função de presidente da Petros", defendeu, em nota, o presidente do conselho deliberativo da fundação e diretor da Petrobras Hugo Repsold.
Na nota, a estatal diz que sua indicação é "parte do processo de reformulação e mudanças na governança da Petros que vem sendo implementado desde julho de 2015".
Trabalhadores e pensionistas acusam gestões anteriores de realizar investimentos com viés político, contribuindo para o aumento do rombo no principal plano de aposentadoria gerido pela fundação.