As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo recuaram 25,5% no primeiro semestre do ano na comparação com o mesmo período de 2015, para 7.194 unidades, mostram dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) divulgados nesta terça-feira (9). No período, os lançamentos caíram 42,8% em relação ao mesmo intervalo de 2015, para 5.731 unidades, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Somente em junho, as vendas caíram 19% ante o mesmo mês do ano passado, para 2.097 unidades. Mas houve aumento de 98% quando se compara com maio, informa o Secovi.
Os lançamentos em junho somaram 2.178, alta de 4,1% em relação a igual mês de 2015 e avanço de 86,8% ante maio, segundo a Embraesp.
Junho foi o melhor mês do ano em volume de vendas e lançamentos devido, entre outros motivos, à aposta em unidades mais baratos e localizadas em regiões mais acessíveis da cidade. Segundo dados do Secovi, 81% dos imóveis lançados custavam até R$ 500 mil e 58,6% do total se localizava na zona leste.
Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, ainda não é possível falar em reação do mercado imobiliário. Em julho, sazonalmente, os lançamentos e de vendas costumam ser menores, por causa das férias escolares.
"Projetamos mais um ano de retração na cidade de São Paulo, com redução de 20% a 25% nos lançamentos (17 mil a 18 mil unidades) em 2016, comparativamente às 23 mil unidades lançadas em 2015, e queda em torno de 15% nas vendas, encerrando o ano com 16 mil a 17 mil unidades comercializadas", afirma Flavio Amary, presidente do Sindicato.
As vendas e lançamentos em junho foram liderados por imóveis com preços até R$ 500 mil. O Secovi diz ainda que unidades com área entre 45 m² e 65 m² lideraram os lançamentos (1.137 unidades) e vendas (974 unidades).