Folha de S. Paulo


Museus e cemitérios pedem para ser excluídos de 'Pokémon Go'

Museus e cemitérios têm pedido para ser excluídos do game "Pokémon Go" após relatos de usuários encontrados nos locais caçando pikachus e outras criaturas do jogo.

Em meados de julho, o Museu do Holocausto, em Washington (EUA), pediu para ser removido do aplicativo.

Na ocasião, o diretor de comunicações do museu, Andrew Hollinger, disse que jogar dentro de um memorial dedicado às vítimas do nazismo é algo "extremamente inadequado". Assim como vários outros monumentos, o local se tornou um dos chamados "Pokestops", onde os usuários podem recolher itens virtuais gratuitos dentro do jogo.

O museu de Auschwitz também pediu aos responsáveis pelo jogo que retirem o local do aplicativo. "Enviamos uma carta à empresa Niantic pedindo que retirem a geolocalização do campo de seu aplicativo", afirmou Pawel Sawicki, porta-voz da instituição.

"Consideramos essas práticas fora de contexto. Foi aqui que milhares de pessoas sofreram, judeus, poloneses, ciganos, russos e pessoas de outras nacionalidades", explicou.

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Cemitérios também têm recebido usuários em busca de seres do jogo. Em Arlington, no estado de Virginia, o cemitério nacional tentou proibir o jogo dentro das suas dependências. "Jogar games como o Pokémon Go neste solo sagrado não deve ser considerado algo apropriado", afirmou o porta-voz do local, onde estão sepultados militares americanos mortos em combate.

Em Westland, Michigan (EUA), um cemitério presenciou uma invasão de jogadores atrás dos pokémons. A administradora do local entrou em contato com a Niantic e pediu que o local fosse removido da geolocalização do aplicativo. Enquanto isso não ocorre, o cemitério colocou um cartaz pedindo que os visitantes se comportem de maneira respeitosa. O cemitério contratou um segurança para ficar de olho em potenciais infratores da regra.

Já em Nova Jersey, uma mulher precisou pedir ajuda à polícia após ficar presa em uma árvore de um cemitério enquanto tentava capturar um pokémon.

SEGURANÇA

No Kuait, o alerta assumiu um tom de ameaça. Os usuários foram avisados do risco à segurança de jogar "Pokémon Go" perto de determinados locais.

O Ministério do Interior do Kuait informou que os usuários deveriam "resistir" ao impulso de apontar a câmera dos smartphones a pikachus e afins em frente ao palácio do Emir, mesquitas, instalações de petróleo ou bases militares.

"O perigo neste jogo é que envolve o usuário fotografando áreas próximas com smartphones que poderiam transferir imagens de locais a terceiros", afirmou um subsecretário do Ministério do Interior.

"O Ministério do Interior informou aos seguranças que devem ter tolerância zero a qualquer um que se aproxime desses locais proibidos, deliberadamente ou não", disse, em comunicado.

Caçada urbana


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